Linguagem Espiritual
“O Senhor me livre da contenda de línguas” Salmo 31.20
Nesse estudo simples porém dedicado vamos abordar as principais questões relacionadas ao fato de falar em línguas. Tal estudo vem de uma forma diferente, afim de interagir com o leitor, usaremos uma tática eficiente: perguntas. Através das suas respostas traremos à luz um desenrolar a respeito do assunto permitindo porém, qualquer opinião que vier a acrescentar sobre ele.
Quem iniciou o “movimento” do falar em línguas ?
A esse respeito, de imediato se pensa em algum movimento pentecostal originado da reforma, ou talvez algum grupo fanático que, sem qualquer controle, saiu por aí falando palavras sem nexo e contagiando todos por onde passava. Porém o autor do tema é ninguém mais que o próprio Senhor Jesus, Marcos 16.17 é a primeira citação da Bíblia a respeito do assunto.
As línguas usadas na linguagem espiritual são idiomas comuns ou simplesmente palavras confusas ?
Em primeiro lugar cabe ressaltar aqui que no mundo existem aproximadamente 6000 idiomas , sendo que, segundo linguistas especializados, não existe ninguém que possa conhecer basicamente 100 idiomas. Portanto caso alguém venha a criticar quem faz uso de tal benefício, afirmando que não passa de tagarelice, pode estar fazendo um mal julgamento, pois conheceria ele todas as linguas para afirmar tal coisa?
Porém há bases bíblicas para afirmar ambas as hipóteses, portanto cabe aqui uma análise hermenêutica e dirigida pelo Espírito Santo para discernir corretamente. Em Atos 2.6-11 mostra que, apesar de muitas línguas terem sido reconhecidas no pentecostes houve algumas que ficaram obscuras, pois havia 120 pessoas presentes, porém menos de 20 idiomas foram reconhecidos.
Em 1 Coríntios 14.10-11 Paulo mostra que nenhuma língua é sem sentido. Não há línguas desconhecidas, pode não ser desconhecida do ouvinte mas certamente em algum lugar ela pode ser reconhecida, até mesmo nos céus. O Espírito intercede por nós através de gemidos inexprimíveis.
Afinal, qual o propósito das línguas ?
Na primeira manifestação do falar em línguas, pessoas relataram que as compreendiam, em seu próprio idioma, falar das maravilhas de Deus (Atos 2.11). Portanto seu propósito é o de adoração e louvor á Deus João 16.13-14 .
Quem não fala em línguas é menos do que quem fala ?
Primeiro, o falar em línguas não confere status pois como já visto, o propósito é de glorificar á Deus, porém de maneira alguma podemos desqualificar alguém com pré-conceitos, apenas que essa pessoa (que não fala em línguas) está deixando de obter mais de Deus para sua edificação e serviço na obra do Senhor.
Porém o falar em línguas não é um substituto do crescimento espiritual, pois para tal é necessário estudo da Palavra de Deus, comunhão com a Igreja e mais algumas premissas.
Nós compreendemos o que é pronunciado ?
Em 1 Coríntios 14.15 Paulo mostra que devemos orar pelo Espírito, mas também com conhecimento. Portanto nem sempre compreendemos o que é pronunciado. Há porém momentos que Deus nos dá uma pequena compreensão de tal manifestação. Por exemplo, quando a Igreja é tomada por uma onda do poder de Deus, somos “constrangidos” a adorar á Deus, e em meio a nossas intenções de louvar á Deus acaba-se pronunciando algo desconhecido pelos ouvidos mas intencionado no coração.
Essa manifestação é incontrolável ?
Cabe ressaltar nesse espaço que Deus não sacrifica nossa vontade em tal manifestação, já que à Ele prestamos um culto racional Romanos 12.1. Quando a Igreja passou a falar em línguas no Pentecostes Atos 2.4 está explícito que quem concedia tal linguagem era o Espírito de Deus. Porém em uma análise mais minuciosas veremos que foi algo consciente e controlável. O verbo “passaram (começaram)” vem do grego aoristo designa uma forma participativa e não obrigada.
Wiliam Passaglia Castilhos
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